A propósito dos efeitos comportamentais decorrentes das "teorias de valor" ora submetidas à crítica, a primeira revisão será sobre a concepção da "raridade" defendida por Léon Walras (1834-1910) ao princípio do Século XX. Evidentemente a revisão sobre teorias de valor será objeto de aprofundamento como assunto tratado de modo mais extenso em contribuição à teoria do desenvolvimento. Apenas para situar, a crítica anterior de Walrás encimava a "raridade" por sobre o conceito da "utilidade" para valorar coisas, tal como anteriomente defendiam J. B. Say ( 1767 - 1832) e Condillac (1715 - 1780). Enquanto esses, superpunham esse valor ao "trabalho" concebido por Adam Smith (1723 - 1790) , Marx ( 1818 - 1883) e Ricardo ( 1772 - 1823) para atribuir "valor" ao bem de consumo demandado, medido pela equantidade da energia laborativa empregada no processo produtivo.
Evidentemente estabeleceu-se a partir da crítica de Walrás a hieraquia de valores. Em ordem crescente a concepção primitiva do trabalho, constituiu o primeiro degrau. A utilidade, tornou-se o segundo e, a raridade walrasiana o terceiro e mais alto valor a cimentar a construção do edifício econômico referido pelo presente estágio evolutivo da humanidade - ápice histórico da civilização. Cumpre lembrar quanto o ouro pela raridade walrasiana representou até 1973 o padrão monetário e condicionou o psiquismo econômico daí decorrente como moeda em trânsito - hoje tornada simples ficção totêmica, monetária, a permear pelo mesmo paganismo os negócios da humanidade.
Entretanto, esgotados os limites naturais, emerge o conceito de "vitalidade" a subordinar a hierarquia anterior estabelecida por Walrás. Basta conferir diante da predação econômica regida pela "raridade", o custo crescente (ainda medido nesse padrão monetário) para manter as condições primitivas da sobrevivência da biosfera em termos planetários.
Registam-se as preocupações contemporâneas (ambientais) levantadas pelo Prof. Celso Furtado (1920 - 2004), para continuidade em desenvolvimento econômico. Justamente, tais assuntos constituem objeto da Convenção de Genebra (1985) quanto às camadas de Ozônio e, das preocupações em Haia (2000) referente ao esgotamento dos recursos hídricos e, Kioto (1997) relativamente ao efeito estufa. E o primado da "vitalidade" se impõe como medida de valor acima dos demais hierarquicamente referidos.
Em breves considerações, a seu tempo Walrás referia-se com desprezo às categorias inferiores de valor (utilidade e trabalho), embora, exemplarmente, considerasse a utilidade do ar e da água: pois seriam abundantes na natureza e, em si. Nenhum valor teriam, justamente por esse fato. Cultivado no bojo dessa teoria de valor, o conceito de "raridade" ajustou-se ao mineral Ouro (ao qual agrega-se a patologia histórica indutora da usura, cobiça, inveja e avareza a cimentar o edifício presente como acima mencionado) ainda a exercer o mesmo papel cultural e induzir degeneração ambiental, econômica e, alienação social ao longo da história. E ainda ao presente, transposto ao mundo da ficção (moeda virtual), comprovadamente, ainda dita leis sob moral oculta.
Nesse esboço sucinto da teoria em revisão, firmando o escopo do projeto, Walrás poderia mesmo ter razão. Ao princípio do século o ar, a água assim como outros elementos naturais, seriam teoricamente infinitos - para conceitos da época. Hoje entretanto a relegada "vitalidade" superpõe seu próprio valor; ascende ao topo esse novo conceito. Constrangida a rever teorias e valores, a humanidade ao atender ao limite ambiental forçosamente, haverá de se ajustar à "curva" historiográfica pela forma gráfica acima esboçada .
Nesse núcleo de estudos econômicos pretende-se contribuir para desfazer o equívoco primevo quando a humanidadealienou-se desde a superposição do conceito totêmico associado à "raridade" ao valor real da "vitalidade" monetária primitiva (fato ocorrido sob equívoco histórico em meio às luzes das fogueiras primitivas a iluminar a primeira troca de base monetária havida) .
Evidentemente ao propugnar a desalienação o projeto incorpora a educação crítica e libertária através da Gestão Econômica e Ambiental como poder administrativo aplicado e, prática acadêmica agregada ao propósito da Engenharia Econômica, Histórica e Ambiental, destinada a induzir transformações desde processos produtivos aos hábitos de consumo desde a critica acadêmica entre ementas a considerar.
Aspectos acadêmicos arrolados
(Relativos à Educação para o Poder, incorporados à análise do presente).
Introdução à macroeconomia
Contexto histórico. Objeto e evolução da teoria macroeconômica.
Teorias Keynesiana e Kaleckiana.
Princípio da demanda efetiva
A lei de Say e suas implicações. (a oferta cria sua própria demanda)
O princípio da demanda efetiva: uma formação geral.
Determinação da renda e do emprego
Introdução à Teoria keynesiana.
Valorização patrimonial
Incerteza - expectativas.
A decisão de produzir. As expectativas de curto prazo.
Teoria da concorrência perfeita
Crítica de Sraffa - manipulação das leis de rendimentos.
A consistência das leis de rendimentos.
O conceito de concorrência perfeita.
Análise do equilíbrio parcial. As proposições de Sraffa.
Teoria da concorrência imperfeita
Resposta neoclássica à crítica de Sraffa
Teoria da concorrência imperfeita ou monopolista
Preços e margens de lucro
O oligopólio. Curva da demanda.
O princípio do custo total. O "grau de Monopólio" de Kalecki
Barreiras à entrada
O conceito de barreiras à entrada.
Barreiras à entrada. A conformação de estruturas de mercado.
A teoria dos mercados contestáveis
A teoria dos mercados contestáveis.
A teoria da organização industrial.
Mercados oligopolísticos
Padrões de concorrência.
Economias de escala e concentração de mercados.
Rigidez de preço e capacidade ociosa planejada.
Acumulação de capital e padrões de concorrência.
Tipologias de estruturas de mercado.
A economia capitalista
A economia como ciência social.
Modos de funcionamento das economias.
Funcionamento de economia capitalista.
Economia nacional e economia de empresas.
Divisão do trabalho
Excedente econômico e Produtividade.
Desenvolvimento da divisão do trabalho.
Crescimento do excedente econômico.
Conseqüências sociais.
Divisão do trabalho na economia moderna.
Divisão do trabalho e produtividade.
Produção e preços
Produtos e preços.
Componente dos preços: custos, lucro, impostos.
Diferentes composição de preços.
Preços e agentes sociais de produção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário